CASAMENTO DO ANO
São 10h40. O telefone de Susana São Marcos, futura esposa de Pedro Farto toca. Do outro lado, 
DJ Hernandez revela que está tudo preparado para a grande festa. Mas calma: ainda falta concretizar o casamento do ano. De fato e gravata - que abuso! – o juiz anuncia finalmente a união de facto. E Pedro, com o belo chinelo, de calções e camisa de linho, pergunta: “já posso beijar a noiva?”. - É claro que sim – responde-lhe o juiz.Testemunhas, família e alguns amigos fazem questão de se associar ao momento, em pleno cartório, felicitando o novo casal. Entre eles, dis
tingue-se o árbitro da final do Torneio de Wimbledon, Duarte Afonso, trajando a rigor, com um chapéu palha fazendo lembrar o Alfaiate do Panamá. Cá fora, o sol aquece a alma. Não há dúvidas, o dia perfeito deixa antever uma jornada idílica. Uma pequena ‘multidão’ começa a juntar-se na Marina do Funchal e as primeiras cervejas saem com total naturalidade.Carlinhos trás de Barcelona uma bebida doce, que escorre na perfeição pelas secas gargantas, apesar de ainda não ser meio-dia. Uma ‘pomada’ dos Deuses
.É chegada a hora de partir. O comandante do robusto catamaran dá as boas-vindas aos convidados. Destino: Fajã dos Padres. Antes, um desvio, para ver golfinhos e um cachalote. Ninguém fica indiferente à movimentação dos cetáceos, que emprestam um colorido exemplar às pequenas vagas que fazem vacilar para um mergulho. Tudo corre de feição. Mais ainda quando chegámos ao destino, a um pequeno paraíso que arranca suspiros de admiração a todos os que seguem no barco. Muitos não resistem e, em vez de esperarem pelo pequeno bote que nos 
leva para terra, atiram-se ao mar. Sem que ninguém os empurre.O desembarque das tropas é perfeito, fazendo lembrar a conquista da Normandia em 1945, que ditou o início do fim da II Guerra Mundial. Mas ali reina a paz e, em vez do sangue, jorra a cerveja. A máquina de imperial logo à entrada do cais é um oásis, num pequeno deserto parasidíaco. Mata-se a sede, mais uma vez, depois de umas quantas rodadas a bordo.As alforrecas, também conhecidas como medusas, animal aquático cuja picada pode provocar fortes dores, prolongam o primeiro mergulho. Mas há espaço para o banho, porque Guilhas, marinheiro de provas dadas, resolve, socorrendo-se de um copo de plástico, retirar o inimigo do mar – Jacques Cousteau ficaria, por certo, orgulhoso. O fotógrafo marinho Gogo faz o mesmo, mas com as mãos. Afinal, já se podia mergulhar sem receios. A água estava quente e os convidados vindos do continente não ficavam indiferentes às tépidas temperaturas. Só mesmo a cerveja arrefecia a alma.Entretanto, são 12h30 – Carlinhos vomita pela primeira vez. O pequeno almoço estava estragado.Os banhos de sol são, entretanto, interrompidos para a cerimónia protocolar, um belo almoço. 
Hernandez começa a mostrar dotes musicais e o pezinho de dança torna-se inevitável.Sobra vinho tinto, a cerveja cai bem, melhor ainda as amêndoas amargas, com muito sumo de limão. A tarde corre depressa demais. Dança-se mais um pouco e ainda há tempo para um derradeiro mergulho, antes do regresso à capital, ao mundo real. Para trás ficava o paraíso, onde já não havia sol. Também ele, cansado, rendera-se às nuvens.Chegada ao Funchal acontece sem problemas, apesar do vento que alguns insistem em trazer na cabeça. Os passos trocados prolongam-se pelo pontão. Uns seguem para casa, outros resistem e ficam-se por ali, sempre fiéis ao néctar proveniente da cevada.Ao jantar, a família que Pedro e Susana reunira… volta a juntar-se. Na longa mesa recordam-se os momentos passados durante o dia, apenas possíveis graças à imaginação e forma de ser e estar de um novo casal da vida quotidiana da Madeira. Fazem-se mais um brindes e ali acontecem as primeiras despedidas.Os mais resistentes prolongaram-se noite dentro. Um momento ‘Marginal’ que pôs termo a uma jornada inesquecível.
DJ Hernandez revela que está tudo preparado para a grande festa. Mas calma: ainda falta concretizar o casamento do ano. De fato e gravata - que abuso! – o juiz anuncia finalmente a união de facto. E Pedro, com o belo chinelo, de calções e camisa de linho, pergunta: “já posso beijar a noiva?”. - É claro que sim – responde-lhe o juiz.Testemunhas, família e alguns amigos fazem questão de se associar ao momento, em pleno cartório, felicitando o novo casal. Entre eles, dis
tingue-se o árbitro da final do Torneio de Wimbledon, Duarte Afonso, trajando a rigor, com um chapéu palha fazendo lembrar o Alfaiate do Panamá. Cá fora, o sol aquece a alma. Não há dúvidas, o dia perfeito deixa antever uma jornada idílica. Uma pequena ‘multidão’ começa a juntar-se na Marina do Funchal e as primeiras cervejas saem com total naturalidade.Carlinhos trás de Barcelona uma bebida doce, que escorre na perfeição pelas secas gargantas, apesar de ainda não ser meio-dia. Uma ‘pomada’ dos Deuses
.É chegada a hora de partir. O comandante do robusto catamaran dá as boas-vindas aos convidados. Destino: Fajã dos Padres. Antes, um desvio, para ver golfinhos e um cachalote. Ninguém fica indiferente à movimentação dos cetáceos, que emprestam um colorido exemplar às pequenas vagas que fazem vacilar para um mergulho. Tudo corre de feição. Mais ainda quando chegámos ao destino, a um pequeno paraíso que arranca suspiros de admiração a todos os que seguem no barco. Muitos não resistem e, em vez de esperarem pelo pequeno bote que nos 
leva para terra, atiram-se ao mar. Sem que ninguém os empurre.O desembarque das tropas é perfeito, fazendo lembrar a conquista da Normandia em 1945, que ditou o início do fim da II Guerra Mundial. Mas ali reina a paz e, em vez do sangue, jorra a cerveja. A máquina de imperial logo à entrada do cais é um oásis, num pequeno deserto parasidíaco. Mata-se a sede, mais uma vez, depois de umas quantas rodadas a bordo.As alforrecas, também conhecidas como medusas, animal aquático cuja picada pode provocar fortes dores, prolongam o primeiro mergulho. Mas há espaço para o banho, porque Guilhas, marinheiro de provas dadas, resolve, socorrendo-se de um copo de plástico, retirar o inimigo do mar – Jacques Cousteau ficaria, por certo, orgulhoso. O fotógrafo marinho Gogo faz o mesmo, mas com as mãos. Afinal, já se podia mergulhar sem receios. A água estava quente e os convidados vindos do continente não ficavam indiferentes às tépidas temperaturas. Só mesmo a cerveja arrefecia a alma.Entretanto, são 12h30 – Carlinhos vomita pela primeira vez. O pequeno almoço estava estragado.Os banhos de sol são, entretanto, interrompidos para a cerimónia protocolar, um belo almoço. 
Hernandez começa a mostrar dotes musicais e o pezinho de dança torna-se inevitável.Sobra vinho tinto, a cerveja cai bem, melhor ainda as amêndoas amargas, com muito sumo de limão. A tarde corre depressa demais. Dança-se mais um pouco e ainda há tempo para um derradeiro mergulho, antes do regresso à capital, ao mundo real. Para trás ficava o paraíso, onde já não havia sol. Também ele, cansado, rendera-se às nuvens.Chegada ao Funchal acontece sem problemas, apesar do vento que alguns insistem em trazer na cabeça. Os passos trocados prolongam-se pelo pontão. Uns seguem para casa, outros resistem e ficam-se por ali, sempre fiéis ao néctar proveniente da cevada.Ao jantar, a família que Pedro e Susana reunira… volta a juntar-se. Na longa mesa recordam-se os momentos passados durante o dia, apenas possíveis graças à imaginação e forma de ser e estar de um novo casal da vida quotidiana da Madeira. Fazem-se mais um brindes e ali acontecem as primeiras despedidas.Os mais resistentes prolongaram-se noite dentro. Um momento ‘Marginal’ que pôs termo a uma jornada inesquecível.
Reportagem: Stainga Filipe Sousa
Fotos: Staingas GoGo/Guilhas/Farto
